Típica do Cerrado, a fruta-do-lobo ou lobeira (Solanum lycocarpum) é uma solanácea, portanto pertence às família do tomate, batata, berinjela e do jiló.
É uma espécie pioneira, ou seja, costuma habitar ambientes inóspitos para outras espécies podendo até mesmo ajudar na colonização da área. Esta é uma característica importante no Cerrado onde é comum ocorrer incêndios naturais devido ao longo período anual de estiagem.
A lobeira é comestível ou não, afinal?
Sua comestibilidade é controversa, pois há quem se sinta mal ao comê-la, gerando uma ideia de ser imprópria para o consumo. No entanto ela é largamente usada na culinária da roça, substituindo, por exemplo, o marmelo com melhor resultados em determinadas receitas, especialmente doces.
Ela não possui veneno, ao contrário do que diz a crença popular. Esta crença se originou por ela ser fatal para o gado. Mas o perigo está na parte superior do fruto, próximo a haste que, ao ser ingerida por eles, obstrui a entrada do estômago, impedindo a entrada de alimentos.
Qual a origem do nome?
A lobeira tem seu nome por ser uma parte importante da dieta do lobo-guará, chegando a 50% dela. A planta tem propriedades medicinais também para ele, sendo vermífuga, especialmente contra o verme-gigante-dos-rins que pode ser fatal. O guará também tem uma grande importância na disseminação das sementes da lobeira.
Uso medicinal
Usa-se as folhas e frutos já que ela tem propriedade calmante, anti-inflamatória e antibiótica e com eficácia no combate a diabetes, epilepsia e hepatite. Estudos da UFLA comprovam seu alto teor de vitamina C, sacarose, fósforo e ferro. Confira neste artigo científico.
Comente aí se você já experimentou o fruto da lobeira e o que achou do sabor!